Desde sua fundação, as empresas tendem a criar laços com terceiros, sejam fornecedores, clientes, competidores e até mesmo agentes públicos. Essas interações são, em grande parte, fundamentais para o desenvolvimento dos negócios, pois ajudam a consolidar a imagem institucional da empresa, divulgam os produtos e negócios e possibilitam, entre outros benefícios, a realização do objeto social da empresa.
Pensemos no nascimento de uma empresa: é preciso constituir a sociedade, registrando-a perante órgãos competentes. Da mesma forma, parte-se para a obtenção de licenças de diversas naturezas. Uma vez constituída, uma empresa não tem como se isolar do convívio com autoridades, sejam de cunho fiscalizatório ou por diversas outras razões.
A princípio, nada há de ilegal ou antiético nessas relações. No entanto, é preciso cautela diante de uma tênue linha que separa o que é legítimo e necessário daquilo que afronta normas legais e códigos de conduta.
E uma vez ultrapassado esse limite, as consequências são, em geral, nefastas para a continuidade da empresa, maculando não só a imagem institucional, mas a carreira de diversos colaboradores.
Hoje se tem muito mais acesso a informação do que há alguns anos. Escândalos envolvendo até então sólidas corporações e grupos econômicos não são contidos dentro de fronteiras geográficas, espalhando-se rapidamente por diversos países e proporcionando duros golpes, quase sempre definitivos para essas empresas e seus colaboradores.
E ainda assim, não é incomum encontrar representantes de empresa que desconhecem os riscos inerentes a cada tipo de contato com o mundo exterior, seja com concorrentes ou agentes públicos.