IBDEE Magazine – Uma Missão Global

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Em um momento delicado da história de nosso país, no qual investigações sobre atos de corrupção, lavagem de dinheiro e de obstrução à Justiça ameaçam a própria democracia, não podemos deixar de reconhecer os acontecimentos positivos. Ganha destaque a absorção de políticas de integridade corporativa no Brasil, motivadas não só pela evolução normativa e pelos riscos jurídicos relacionados a práticas ilícitas, mas também pela conscientização ética da parte de executivos, agentes públicos e opinião pública diante da necessidade de perseguir o lucro de forma sustentável e com respeito às normas vigentes.

Não obstante os avanços, ainda são facilmente identificáveis alguns desafios impostos às corporações por ocasião da instituição de programas voltados à integridade corporativa. Em vista da pouca tradição do tema pela maioria das empresas no Brasil, ainda está sendo construído o entendimento sobre como estruturar um programa eficaz e desenvolver uma adequada governança nas empresas. Desse aspecto resulta um risco aos programas – e talvez o mais grave – que é a propensão de certas empresas aderirem à forma, e não à substância da integridade, prestigiando o formalismo e a resposta normativa, ao invés de visar ao combate à corrupção e à formação de uma cultura organizacional verdadeiramente ética.

Nesse compasso nasceu o IBDEE, formado por empresas e especialistas de diversas carreiras públicas e privadas, com a finalidade de refletir com independência, isenção e absoluto rigor científico a relação entre o Direito e a Ética, a fim de influenciar e transformar a realidade brasileira por meio de uma plataforma de conhecimentos e relacionamentos entre o poder econômico, o poder político e a academia, pois só com diálogo, reflexão e colaboração entre os diferentes atores conseguiremos resultados consistentes e disruptivos.

Resultados práticos

Se num certo momento o economista americano Milton Friedman afirmou, na década de 1970, que o negócio dos negócios são os negócios, sob uma perspectiva pragmática do lucro acima de qualquer coisa, aos poucos um novo paradigma jurídico e comportamental é construído no sentido de que as empresas não estão sozinhas no mundo, mas só existem porque há pessoas, meio ambiente, parceiros e clientes.